Humano, demasiado humano.

Duas coisas no ser humano me impressionam (…na verdade, mais coisas, mas vamos nos ater a duas).

A primeira é o quanto a gente caga para o velho “conhece-te a ti mesmo”, ainda que o conselho seja milenar (e sensato). Alimentamos opiniões ilusórias de como nós somos e não somos, do que fazemos e deixamos de fazer, dos nossos raciocínios e capacidades. No caso das capacidades, o resultado chega a ser absurdo: todo mundo é “acima da média” (ou ao menos, se vê como tal). Viés cognitivo sobre viés cognitivo.

A segunda é quanto somos moldados pelos eventos e pelo ambiente ao nosso redor. Mesmo nos pequenos detalhes. Isso se aplica aos nossos gostos, comportamentos e à nossa forma de raciocinar – admita, praticamente nada do que você pensa ou faz é genuinamente novo, alguém já pensou ou fez o mesmo em algum lugar do passado, em algum lugar da Terra.

E nada de novo foi dito.

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Das coisas que não amo.

Odeio letras serifadas no monitor. Serifa, só impressa.

Odeio modelo pronto de visual. Quer coisa mais tosca que isso?

Odeio café frio e chimarrão quente demais.

Odeio o “r” retroflexo do inglês. E o “r” catarrado do francês.

Odeio country music, pagode, funk e Teló.

Odeio a Deforma Ortográfica. Que piada ignorante.

Odeio a Academia Brasileira de Letras se metendo na ortografia. Escritor não é lingüista.

Odeio carnaval. Desculpa esfarrapada dos povos láááááá ao norte para não trabalhar.

Odeio feijão e hambúrguer industrializado. Ou melhor, meu corpo odeia.

Odeio muitas coisas, e ainda pretendo odiar mais, pois somente quem prova ao mundo sabe de seus gostos.

Incrível como a gente se descobre no que a gente não ama.

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Início.

Tive blogue há anos atrás.

E há uns poucos anos mais, tive vontade de criar um novo. Nunca me decidia sobre nome, assunto ou o que seja.

Demorou, mas, enfim, eis que começa o Rabugices Aleatórias.

O resto, a gente vê no caminho.

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