Duas coisas no ser humano me impressionam (…na verdade, mais coisas, mas vamos nos ater a duas).
A primeira é o quanto a gente caga para o velho “conhece-te a ti mesmo”, ainda que o conselho seja milenar (e sensato). Alimentamos opiniões ilusórias de como nós somos e não somos, do que fazemos e deixamos de fazer, dos nossos raciocínios e capacidades. No caso das capacidades, o resultado chega a ser absurdo: todo mundo é “acima da média” (ou ao menos, se vê como tal). Viés cognitivo sobre viés cognitivo.
A segunda é quanto somos moldados pelos eventos e pelo ambiente ao nosso redor. Mesmo nos pequenos detalhes. Isso se aplica aos nossos gostos, comportamentos e à nossa forma de raciocinar – admita, praticamente nada do que você pensa ou faz é genuinamente novo, alguém já pensou ou fez o mesmo em algum lugar do passado, em algum lugar da Terra.
E nada de novo foi dito.